quarta-feira, 16 de março de 2011

Adolescência a quanto obrigas

Estava eu no caminho para casa, a lêr uma revista, quando deparo com um artigo sobre a adolescência. Entre as várias questões abordadas surgiu uma que me chamou particularmente a atenção, não pelo tema em sim, mas pelos conteúdos abordados.

Com efeito, falavam do inicio da sexualidade nos jovens, como começam, quais as dúvidas, como os pais podem (e devem) abordar estas questões, etc.
Obviamente, que pensei logo quando é que vou ter de aplicar o que li, ou melhor, será que já devia ter começado a aplicar? Já deveria ter abordado os meus filhos e começar a falar sobre sexualidade? Ou devo esperar que sejam eles a solicitar a minha ajuda, a colocarem questões?
Tudo isto me intriga e tem sido objecto dos meus pensamentos nos últimos dias.
Mas, o que mais me intrigou foi algo que li e que me tem deixado a pensar. Dizia no tal artigo que, em média, os rapazes iniciam a sua vida sexual aos 16 anos e as raparigas aos 17. Ora é neste ponto que me surgem dúvidas. Se há 1 ano, em média, de diferença, com quem é que eles iniciam a sua actividade sexual?
Eu ainda sou jovem, e pelo que me lembro da minha própria experiência, para iniciar algo do género são necessárias duas pessoas...ia escrever que eram de sexo oposto mas as coisas agora estão tão mudadas...bem, adiante.
Assim sendo, significa que os rapazes, em média, iniciam a sua actividade sexual entre eles? Ou iniciam sózinhos? E as raparigas, tem mais sorte pois iniciam com os rapazes ( ou entre elas)?
Esta história de haver uma ano de diferença causa-me muita estranheza...acho que tenho de avisar os meus filhos!


P.S: Desculpem os erros ortográfico mas ainda não me adaptei ao Acordo Ortográfico!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Estranho em casa!

Quando regressei esta última vez, fui ao encontro dos meus amigos no seu local de trabalho (meu antigo local de trabalho!). É sempre um prazer reencontrar rostos amigos, caras conhecidas de tantos anos de trabalho e de amizade.
No entanto, esta vez foi estranha, ou melhor, senti-me um estranho. O facto é que as coisas vão mudando, vão evoluindo e nada fica como dantes. E, como tal, aquele local, aquelas pessoas também vão mudando rumo a um futuro, na continuação da viagem (que se quer longa) que é a vida.
Mas senti-me um estranho pois até há bem pouco tempo, quando ainda ali trabalhava, era como se fosse o "dono", podia entrar e sair vezes sem conta, falar com toda a gente, pois conhecia toda a gente e toda a gente me conhecia. Agora foi diferente. Não conhecia toda a gente nem todos me conheciam! Inclusivé julguei mesmo ser alvo de uns olhares inquisidores do estilo "mas quem é este tipo?".
Não pude deixar de ficar indiferente a este facto pois quem não se sente não é filho de boa gente, já lá diz o ditado.Ora senti mesmo uma sensação de vazio, uma sensação de que já não faço parte daquele ambiente, daquele espaço, daquelas pessoas...
Se bem que das pessoas, daquelas que são verdadeiramente minhas amigas, dessas eu nunca vou deixar de fazer parte...disso eu tenho a certeza!!
E no fundo isso é o mais importante. Quem de facto conta são as pessoas, são elas que fazem falta, são delas que sentimos mais falta e são elas que nos fazem sentir bem num determinado local e num determinado momento.
E, no meu caso, houve muitos periodos em que ali me senti felliz, sempre mais pelas pessoas com quem tive o prazer de trabalhar e cuidar do que por qualquer outra coisa.
E também não foi o tipo/qualidade de trabalho desenvolvido pois, infelizmente, esse era e continua a ser de pouca valia, dada a falta de condições que são dadas por alguém que, pensando tudo saber sobre tudo, decide como se deve tratar/cuidar de  outro sem sequer perguntar, a quem realmente cuida de outros, como se faz ou qual a melhor maneira de o fazer.
O meu GRANDE AMIGO Rui Matos, que infelizmente nunca mais poderei abraçar e acarinhar, sempre me ensinou algo que muito prezo : cuida dos outros como gostarias um dia de ser cuidado!
É isso que tento fazer, é dessa forma que sempre tentei fazer mas, infelizmente, não é dessa forma que quem manda quer que se cuide. Falam "à boca cheia" em qualidade, em excelência mas, infelizmente, estamos a anos-luz de a dar a quem dela precisa. Interessam-se mais pelos números do que pelas pessoas e isso, sempre deu e sempre dará mau resultado.
Mas é o país e os "lideres" que temos...infelizmente!
Um dia... um dia hei-de ser capaz de mostrar como se faz, e eles, hão-de ter o azar de precisar de ajuda e de a obterem de alguém, que tal como eles, só se interessa por números e não por pessoas, Aí eles vão ter a real noção de como estavam enganados!