segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Estranho em casa!

Quando regressei esta última vez, fui ao encontro dos meus amigos no seu local de trabalho (meu antigo local de trabalho!). É sempre um prazer reencontrar rostos amigos, caras conhecidas de tantos anos de trabalho e de amizade.
No entanto, esta vez foi estranha, ou melhor, senti-me um estranho. O facto é que as coisas vão mudando, vão evoluindo e nada fica como dantes. E, como tal, aquele local, aquelas pessoas também vão mudando rumo a um futuro, na continuação da viagem (que se quer longa) que é a vida.
Mas senti-me um estranho pois até há bem pouco tempo, quando ainda ali trabalhava, era como se fosse o "dono", podia entrar e sair vezes sem conta, falar com toda a gente, pois conhecia toda a gente e toda a gente me conhecia. Agora foi diferente. Não conhecia toda a gente nem todos me conheciam! Inclusivé julguei mesmo ser alvo de uns olhares inquisidores do estilo "mas quem é este tipo?".
Não pude deixar de ficar indiferente a este facto pois quem não se sente não é filho de boa gente, já lá diz o ditado.Ora senti mesmo uma sensação de vazio, uma sensação de que já não faço parte daquele ambiente, daquele espaço, daquelas pessoas...
Se bem que das pessoas, daquelas que são verdadeiramente minhas amigas, dessas eu nunca vou deixar de fazer parte...disso eu tenho a certeza!!
E no fundo isso é o mais importante. Quem de facto conta são as pessoas, são elas que fazem falta, são delas que sentimos mais falta e são elas que nos fazem sentir bem num determinado local e num determinado momento.
E, no meu caso, houve muitos periodos em que ali me senti felliz, sempre mais pelas pessoas com quem tive o prazer de trabalhar e cuidar do que por qualquer outra coisa.
E também não foi o tipo/qualidade de trabalho desenvolvido pois, infelizmente, esse era e continua a ser de pouca valia, dada a falta de condições que são dadas por alguém que, pensando tudo saber sobre tudo, decide como se deve tratar/cuidar de  outro sem sequer perguntar, a quem realmente cuida de outros, como se faz ou qual a melhor maneira de o fazer.
O meu GRANDE AMIGO Rui Matos, que infelizmente nunca mais poderei abraçar e acarinhar, sempre me ensinou algo que muito prezo : cuida dos outros como gostarias um dia de ser cuidado!
É isso que tento fazer, é dessa forma que sempre tentei fazer mas, infelizmente, não é dessa forma que quem manda quer que se cuide. Falam "à boca cheia" em qualidade, em excelência mas, infelizmente, estamos a anos-luz de a dar a quem dela precisa. Interessam-se mais pelos números do que pelas pessoas e isso, sempre deu e sempre dará mau resultado.
Mas é o país e os "lideres" que temos...infelizmente!
Um dia... um dia hei-de ser capaz de mostrar como se faz, e eles, hão-de ter o azar de precisar de ajuda e de a obterem de alguém, que tal como eles, só se interessa por números e não por pessoas, Aí eles vão ter a real noção de como estavam enganados!

Sem comentários:

Enviar um comentário