sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Feliz Natal e ate' para o ano

E pronto, la' se passou mais um Natal, que no meu caso foi, mais uma vez, e tal como milhares de outras pessoas 'a volta do mundo, longe da familia e daqueles que amamos.
Acabou a correria aos presentes de ultima hora, aos supermercados, ate' mesmo 'a escolha de um local para passar a consoada, cada vez mais na moda para todos aqueles que tem disponibilidade financeira para tal...
E comeca a correria aos saldos, 'a "black Friday", promocoes e mais promocoes, trocas de presentes de que nao gostamos ou nao sao aquilo que esperavamos, ou mesmo trocar o presente por algo mais "a nossa cara".
E depois la' vem as resolucoes de final de ano. Juntamente com os desejos de Natal fazemos uma especie de balanco final, de avaliacao ao nosso desempenho, de auditoria aos resultados obtidos. Mas, sinceramente, quantos de nos o fazem realmente como deve de ser? Quantos de nos nos sentamos e refletimos sobre o que realmente fizemos ou nao, sobre o que deveriamos ter feito, sobre os resultados que tivemos?
Ficamos muitas das vezes, talvez ate' na maioria das vezes, pela promessa, 'a espera de um milagre..."para o ano e' que vai ser...". Na realidade, o que fazemos para que assim seja? Fazemos planos mas nao delineamos acoes; fazemos promessas mas nao damos passos na direcao desejada...
O ser humano e' muito comodista, pouco esforcado, gostando mais de ficar 'a espera que aconteca mas sem nada fazer para tal.
Pensar, refletir, delinear objetivos, tudo isso envolve sentimentos e, sentimentos que muitas das vezes magoam, que trazem 'a memoria coisas "esquecidas" e que nao queremos reviver. Talvez por isso ficamos 'a espera que algo aconteca, que algo mude a nosso favor, 'a espera da conjugacao dos Astros para nos tirar do buraco onde, muitas das vezes, somo nos proprios que nos enfiamos. E depois, para sair do buraco, bem depois temos de trabalhar e muito, de nos esforcarmos, de mudar o rumo das coisas...mas isso e' uma trabalheira danada! Mais vale ficar 'a espera, lamentar, chorar, criticar, e no fundo, nada fazer para mudar o rumo dos acontecimentos.
Sim, porque o lamentar, o dizer mal so' por dizer, o achar que so' os outros e' que estao bem e fazem bem, e' uma caracteristica dos Portugueses onde, como diz o ditado, " a galinha da vizinha e' melhor do que a minha"...sempre!
Que raio de sina esta a nossa, e para mal dos nossos pecados, o raio dos Astros parecem nunca estar a nosso favor.
Comam-se as passas, pensem-se nos desejos e esperemos para o ano voltar a fazer tudo de novo como se nada fosse.
Quanto a mim, desejo a todos vos um Feliz Natal e um Excelente 2015.
Que pelo menos 1 dos vossos desejos se concretize...mas tem de fazer por isso ;)

Ate' para o ano!

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Ha' quanto tempo...

2011 foi o ano da minha ultima publicacao...3 anos apenas separam-me de um passado recente em que a vida era diferente. Entretanto, ja' tantas coisas mudaram no mundo, na minha vida...
Nao continuo o mesmo mas continuo no mesmo sitio, nos mesmo lugares.
Como bom Portugues, tenho saudades de outros tempos, de outras pessoas, de momentos vividos e talvez nao aproveitados na sua plenitude.

Passar as ferias em Portugal, com a familia, e' sempre algo retemperador, embora a hora da despedida seja ainda mais dificil.
Esta vez foi diferente, nem sei bem explicar, mas estar la', com a familia, ver outros emigrantes, olhar para a forma como interagem com os outros, procurar compreender o que os move, o que procuram, mexeu comigo.
Ver a sua felicidade ou a sua tristeza na hora da despedida, fez-me pensar no que ando a fazer. Sera' isto mesmo que quero para mim e para a minha familia? Estarei eu mesmo a perder anos de vida daqueles que amo? Ou estarei realmente a criar algo para o futuro, que possa trazer alguma felicidade e seguranca para todos?

A vida continua a ser feita de escolhas, e e' com essas escolhas e suas consequencias que temos de viver. Eu ca' vou indo, cada vez mais desgostoso com o rumo dos acontecimentos e cada vez com menos esperanca num futuro diferente (para melhor) do que aquele que tenho neste momento.
Se em parte nao estou feliz, por outro lado nao vejo forma de mudar de rumo e/ou ramo, sinto-me aprisionado e sem solucoes crediveis.
E a hora de tomar reais decisoes aproxima-se a passos largos, a hora de tomar uma decisao em familia esta' proxima e, vendo as coisas a esta (curta) distancia ja' me sinto entre a espada e a parede, sem saber o que fazer ou para onde ir.
Mas onde raio terei eu colocado o "manual do utilizador de uma vida vida feliz"?

quarta-feira, 16 de março de 2011

Adolescência a quanto obrigas

Estava eu no caminho para casa, a lêr uma revista, quando deparo com um artigo sobre a adolescência. Entre as várias questões abordadas surgiu uma que me chamou particularmente a atenção, não pelo tema em sim, mas pelos conteúdos abordados.

Com efeito, falavam do inicio da sexualidade nos jovens, como começam, quais as dúvidas, como os pais podem (e devem) abordar estas questões, etc.
Obviamente, que pensei logo quando é que vou ter de aplicar o que li, ou melhor, será que já devia ter começado a aplicar? Já deveria ter abordado os meus filhos e começar a falar sobre sexualidade? Ou devo esperar que sejam eles a solicitar a minha ajuda, a colocarem questões?
Tudo isto me intriga e tem sido objecto dos meus pensamentos nos últimos dias.
Mas, o que mais me intrigou foi algo que li e que me tem deixado a pensar. Dizia no tal artigo que, em média, os rapazes iniciam a sua vida sexual aos 16 anos e as raparigas aos 17. Ora é neste ponto que me surgem dúvidas. Se há 1 ano, em média, de diferença, com quem é que eles iniciam a sua actividade sexual?
Eu ainda sou jovem, e pelo que me lembro da minha própria experiência, para iniciar algo do género são necessárias duas pessoas...ia escrever que eram de sexo oposto mas as coisas agora estão tão mudadas...bem, adiante.
Assim sendo, significa que os rapazes, em média, iniciam a sua actividade sexual entre eles? Ou iniciam sózinhos? E as raparigas, tem mais sorte pois iniciam com os rapazes ( ou entre elas)?
Esta história de haver uma ano de diferença causa-me muita estranheza...acho que tenho de avisar os meus filhos!


P.S: Desculpem os erros ortográfico mas ainda não me adaptei ao Acordo Ortográfico!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Estranho em casa!

Quando regressei esta última vez, fui ao encontro dos meus amigos no seu local de trabalho (meu antigo local de trabalho!). É sempre um prazer reencontrar rostos amigos, caras conhecidas de tantos anos de trabalho e de amizade.
No entanto, esta vez foi estranha, ou melhor, senti-me um estranho. O facto é que as coisas vão mudando, vão evoluindo e nada fica como dantes. E, como tal, aquele local, aquelas pessoas também vão mudando rumo a um futuro, na continuação da viagem (que se quer longa) que é a vida.
Mas senti-me um estranho pois até há bem pouco tempo, quando ainda ali trabalhava, era como se fosse o "dono", podia entrar e sair vezes sem conta, falar com toda a gente, pois conhecia toda a gente e toda a gente me conhecia. Agora foi diferente. Não conhecia toda a gente nem todos me conheciam! Inclusivé julguei mesmo ser alvo de uns olhares inquisidores do estilo "mas quem é este tipo?".
Não pude deixar de ficar indiferente a este facto pois quem não se sente não é filho de boa gente, já lá diz o ditado.Ora senti mesmo uma sensação de vazio, uma sensação de que já não faço parte daquele ambiente, daquele espaço, daquelas pessoas...
Se bem que das pessoas, daquelas que são verdadeiramente minhas amigas, dessas eu nunca vou deixar de fazer parte...disso eu tenho a certeza!!
E no fundo isso é o mais importante. Quem de facto conta são as pessoas, são elas que fazem falta, são delas que sentimos mais falta e são elas que nos fazem sentir bem num determinado local e num determinado momento.
E, no meu caso, houve muitos periodos em que ali me senti felliz, sempre mais pelas pessoas com quem tive o prazer de trabalhar e cuidar do que por qualquer outra coisa.
E também não foi o tipo/qualidade de trabalho desenvolvido pois, infelizmente, esse era e continua a ser de pouca valia, dada a falta de condições que são dadas por alguém que, pensando tudo saber sobre tudo, decide como se deve tratar/cuidar de  outro sem sequer perguntar, a quem realmente cuida de outros, como se faz ou qual a melhor maneira de o fazer.
O meu GRANDE AMIGO Rui Matos, que infelizmente nunca mais poderei abraçar e acarinhar, sempre me ensinou algo que muito prezo : cuida dos outros como gostarias um dia de ser cuidado!
É isso que tento fazer, é dessa forma que sempre tentei fazer mas, infelizmente, não é dessa forma que quem manda quer que se cuide. Falam "à boca cheia" em qualidade, em excelência mas, infelizmente, estamos a anos-luz de a dar a quem dela precisa. Interessam-se mais pelos números do que pelas pessoas e isso, sempre deu e sempre dará mau resultado.
Mas é o país e os "lideres" que temos...infelizmente!
Um dia... um dia hei-de ser capaz de mostrar como se faz, e eles, hão-de ter o azar de precisar de ajuda e de a obterem de alguém, que tal como eles, só se interessa por números e não por pessoas, Aí eles vão ter a real noção de como estavam enganados!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Rumo certo?

Dou por mim, muitas vezes, a pensar se tomei o rumo certo na minha carreira. É certo que "carreira" não existe actualmente em Portugal no que há enfermagem diz respeito.
Assim, que poderia ter feito ou deveria ter feito? Investido mais na minha formação? Ter investido em outras áreas da saúde que não apenas a urgência/emergência? Ter investido numa carreira virada apenas para a formação? Pois não sei...

Ao fim de quase 15 anos de profissão, a dar o meu contributo em prol dos outros, dou comigo numa encruzilhada de pensamentos, sem saber bem para onde ir, sem saber bem o que fazer. E o pior nisto tudo, não vislumbrando um futuro mais ou menos próximo, melhor ou pior, é que ainda me faltam 30 anos para a idade da reforma!!
Não que me queira reformar, longe disso, mas apenas não sei o que quero fazer nos (muitos) anos que me faltam.
Penso muitas vezes também, em abrir um negócio meu, algo em que eu possa colocar o meu saber, disponibilidade e empreendedorismo ao serviço do cliente. No entanto, para isso é preciso dinheiro que não tenho...
Para investir na formação, é preciso dinheiro...voltamos ao mesmo...

A solução para já é mesmo trabalhar por conta de outrem. Não que tenha algum problema nisso, bem pelo contrário, mas gostava de ter um papel (um outro papel) mais activo na escolha do meu futuro, naquilo que quero e gostava de fazer, sem estar dependente de terceiros, de uma conjuntura nacional/internacional, que não sabendo quando vai -se alterar, permita à Enfermagem dar o salto qualitativo de que necessita.
Também aí nem à Enfermagem me sinto "preso". Com efeito, e não descurando a profissão que, livremente, escolhi e tanto me tem dado, estou perfeitamente disponivel para experimentar outras áreas do saber, outras competências e outros desafios. Desde que devidamente recompensado, estou pronto para mudar e arriscar!!
Também se sentem assim? Ou sou só eu?

Há medida que vou vendo outras realidades, contactando com outras gentes, outras formas de fazer as coisas (umas melhores outras piores) mais vontade tenho em mudar, em fazer mais e melhor. Infelizmente, em Portugal, vejo cada vez mais o panorama a ser negro, muito negro, no que há inovação, experimentação e motivação diz respeito. Vejo as pessoas cada vez mais desmotivadas (um pouco como eu talvez), sem capacidade de reacção, e vejo "lideres" (se é que o são ou alguma vez o foram) a deixarem as coisas se arrastarem neste marasmo, sem motivarem as pessoas, sem lhes darem condições para elas produzirem mais e melhor.
Com efeito, dá-se cada vez mais importância ao lucro (fácil de preferência) sem no entanto se dar a devida importância às pessoas que tem a responsabilidade de o fazer.
Parece haver uma cultura instalada em que não se dá valor ao capital humano das empresas, em que não se dá o devido valor e respeito, àqueles que diáriamente, nessas mesmas empresas lutam por uma posição no mercado que lhes dê não só o sustento no final de cada mês, um emprego, mas também, uma motivação/ satisfação por um trabalho bem feito.
Porque será que é assim? Porque será que neste mercado global Portugal continua 30 anos atrás do que de melhor se faz lá fora? Será assim tão dificil copiar o que de melhor se faz e adaptar à realidade Portuguesa?
Para se ter resultados há que investir e, primeiro há que investir nas pessoas pois são elas que vão fazer as coisas acontecerem...ou não!

É isso que tenho visto, é isso que tenho encontrado e que tanto me fascina. A forma como lidam com as pessoas, a maneira como as fazem sentir importantes, reconhecidas mas, ao mesmo tempo, responsabilizadas é algo que me tem fascinado...talvez resida aí a solução para o meu "problema"...investir na área dos recursos humanos, quem sabe não é essa " a minha praia"?!?


Os pensamentos passam como relâmpagos dentro da minha cabeça...não vou escrever mais...não sei se vão lêr isto, se vão pensar nisto, se vão comentar...gostava de ter opiniões, decisões, sugestões...contento-me apenas se, com estas minhas palavras, conseguir que pensem e, de alguma forma, me ajudem...

Beijos e abraços

sábado, 16 de outubro de 2010

FPSO


KIZOMBA B FPSO


Vista do Hotel Costa do Sol (CDS)


Hotel CDS

O meu local de trabalho :D

Quase, quase....

Está quase na hora de voltar novamente a Luanda. Não sei bem o que sinto agora. Se por um lado estou ansioso por voltar ao trabalho por outro lado, não me apetece mesmo nada deixar a familia.
O que fazer? Como lidar com este sentimento?
Este misto de alegria e tristeza é algo a que não estou habituado. Talvez seja ainda cedo para me habituar, vamos a ver como correm as coisas.
Como dizem os Angolanos, "MALEMBE MALEMBE!", ou seja, calma!
A alegria de ver este "palmo de gente" aqui ao meu lado é que me custa pensar que, daqui a 3 dias já não vou estar a ver e que, mais uma vez, terei de esperar 28 dias para a sentir de novo nos meus braços.
Já sabia que não iria ser fácil, assim me tinha dito quem por lá já passou, também era esse o meu pensamento mas, o ser humano não está de facto preparado para antever com exactidão o que vai acontecer. Só depois de lá estar é que sabemos como é.
Mas, a qualidade que temos no tempo de folga é algo que não vou esquecer nem sequer vou encontrar em qualquer outro trabalho.
Quem por lá anda há mais de 15 ou 20 anos assim o diz. E eles sabem o que é perder metade da vida daqueles que amamos, daqueles que, tal como nós, se sacrificam em prol de um ideal, de uma visão, de um desejo de um futuro melhor.

Um destes dias ainda faço aqui uma dissertação sobre o mundo da enfermagem, o que acham?

Beijos e abraços a todos!